O Efeito Von Däniken

Um desafio de trabalhar em equipe onde há criação é que, além de valorizar a inovação, também há que se preservar a percepção de que não é porque uma ideia é nova que ela é boa, e às vezes há razões sólidas pra ela estar inédita ou não ter sido tentada antes.

Ao mesmo tempo, tem hora certa pra apontar isso, e NÃO É durante o brainstorm. Nem depois de a decisão gerencial já ter sido tomada.

Se organizar direitinho, todo mundo encontra

Eu tenho uma pasta no computador em que ao longo de anos eu fui arrastando arquivos de imagens expressivas, memes, ilustrações que podem ser úteis em futuras apresentações, etc.

No mês retrasado eu comecei a transferir esse conteúdo pro Obsidian, mas direitinho, colocando títulos, às vezes descrições, links e outros recursos que facilitarão encontrar quando eu precisar usar.

Dá trabalho, vai um pouquinho a cada semana, mas já começou a provocar insights e novas conexões mentais. Vale a pena.

Guilhotina prática para folhas em formato A4

Cortar papeis retinho, sem deixar rebarbas, e seguindo a linha de corte, sempre foi um desafio pra mim, e eu sei disso desde a pré-escola (já tirei nota baixa devido a isso!)

Agora, graças ao Ali, temos uma guilhotina que cuida disso pra mim. Eu já tinha tido uma da Maped, cheia de detalhes, mas ela não durou.

Essa que veio da China é bem diferente: tem só duas peças móveis, e usa lâminas comuns de estilete. #agoravai

Parafuso espanado: espero que demore pra testar meu novo extrator

Veja bem, seu guarda, não é que eu QUEIRA que algum parafuso espane, o negócio é que na próxima vez que um parafuso espanar aqui em casa, eu vou ter uma bela oportunidade de testar esses extratores que eu comprei no Ali Express.

As 4 ponteiras para parafusadeira são para desencravar tamanhos diferentes de parafusos, e elas têm ação dupla: com um lado a gente perfura parcialmente a cabeça espanada do parafuso, e depois com o outro lado a gente usa esse furo pra firmar e girar o parafuso, removendo-o.

Como o carijó Içá-Mirim virou Essomeric e se tornou avô de um bispo francês

Quando o navegador Paulmier de Gonneville passou pelo litoral de SC em 1504 (4 anos depois da chegada de Cabral à Bahia), fez amizade com o povo Carijó local e, ao partir, levou como convidado o jovem Içá-Mirim, filho do líder local, com a promessa de trazê-lo de volta em 2 anos.

Um naufrágio impediu o retorno prometido, e Içá-Mirim se integrou à França.

Chamado por lá de "Essomeric" – transcrição fonética de Içá-Mirim –, ele acabou casando com Catherine, a filha do navegador, e seu neto foi bispo em Calvados.

Ditados remixados

  • Não deixe para amanhã e lhe direi quem és
  • Nem tudo o que reluz se lava em casa
  • Há males que se recebe
  • O hábito faz o leite derramado
  • Uma andorinha sozinha seus males espanta
  • Onde há fumaça, todos os gatos são pardos
  • para bom entendedor, espeto de pau

Sobre pontes e tartarugas

Desde criança, sempre que eu passo a pé por uma ponte eu não resisto a parar pra olhar pro rio abaixo dela e tentar ver alguma tartaruga nadando.

Por que especificamente uma tartaruga? Não sei, ou não lembro.

Cheguei aos 50 anos e, embora já tenha visto muitas tartarugas nadando em rios, lagos e mares, ainda não vi uma a partir de uma parada em uma ponte.

Não desistirei, entretanto.

Meus truques de memorização

Meu principal truque de memorização é anotar, e recomendo – mas quando não dá, tenho duas estratégias que me atendem bem, e vou compartilhar com vocês.

Se a razão de não poder anotar for porque estou estudando para uma prova (memorização de conteúdo volumoso em período curto), o que funciona bem é revisar o conteúdo ouvindo um disco que eu conheça bem, e deixá-lo tocando na ordem original das faixas.

O poder de associação da nossa mente funciona muito bem e independente de esforço, e assim eu sei que terei bem mais chance, nos dias seguintes, de ir lembrando da sequência de músicas, e das suas estrofes e refrões, e com isso rememorar os detalhes que revisei ao som delas.

No meu caso, funciona melhor com músicas que meu avô chamaria de barulhentas, como Nirvana e Ramones – mas não me arrisco a dizer se isso tem alguma explicação além de gosto pessoal.

E se a razão de não poder anotar for a indisponibilidade momentânea de acesso a material escrevente ou a um gravador, eu coloco em prática um truque que aprendi no livro Christine, do Stephen King (aquele do carro possuído pelo mal, que tem um filme também) - eu projeto aquela lembrança em algum objeto ou local.

Não é nada sobrenatural, claro (embora no livro fosse). Eu simplesmente olho pro objeto ou local e me convenço que quando eu pegar de novo nele, ou passar de novo por ele, eu vou lembrar da tal coisa.

E pra mim funciona muito bem.

Chega da cultura da escassez de espaço em disco

Ficar apagando coisas manualmente para liberar espaço é arriscado, vale a pena procurar outras alternativas.

Muitos hábitos e práticas de gerenciamento de conteúdo digital arraigados na cultura dos usuários foram desenvolvidos na época em que espaço em disco era caro e raro.

Há casos em que essas heranças ainda se justificam, ou que as alternativas permanecem caras demais, mas há tantos outros casos em que colocar um disco (ou SSD, NVME, etc.) a mais, ou contratar alguma solução na nuvem (não esqueça dos backups - eu uso e gosto do Backblaze!) está ao alcance e o usuário não percebe ou não se permite mudar.

Note que mesmo quando tem custo elevado, quando há recursos pode ser perfeitamente justificado planejar e priorizar essa expansão, pelo valor dos dados ou pela falta que fariam se perdidos – mas a pessoa continua presa à rotina de uma escassez hoje já inexistente.

Eu trabalhei por bastante tempo como administrador de rede, e já vi se repetir muitas vezes a história triste da pessoa que perdeu dados valiosos sem querer enquanto tentava "liberar espaço".

Não seja essa pessoa!

Inclusão não é favor

Inclusão não é favor.

Também não é uma concessão de exceção.

Muito menos justifica ou permite o temor de abrir um precedente.

Obrigado por ter vindo ao meu ted talk.