Uma coisa que quem já está no mercado de trabalho pode fazer pela inclusão das pessoas menos representadas é INSISTIR para que elas se inscrevam e levem a sério a seleção pras vagas.
Reiteradas pesquisas demonstram que os públicos privilegiados (tipicamente homens brancos cis het) se inscrevem quando acham que tem 50%~60% da qualificação exigida, enquanto quem é de populações vulneráveis está acostumado a enfrentar viés e só se inscreve quando tem evidências de 100% do que foi pedido, o que facilita ainda mais o cenário dos privilegiados, e dificilmente ajuda quem já tem o cenário contra si.
🗞️ A newsletter 500 CARACTERES é publicada integralmente no Fediverso, e nela eu acumulo histórias interessantes, em posts individuais na tag #newsletter, que depois agrupo na forma de um índice como este, para facilitar a disseminação.
💥 O objetivo é compartilhar curiosidades e histórias que possam ter escapado à atenção coletiva – e não notícias ou novidades. Portanto, prepare-se para links nem tão recentes, mas igualmente atrativos, coletados a partir do meu acervo.
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Sou fã do Todoist há anos, inclusive porque não faltam maneiras de enviar tarefas para ele a partir de outros programas. A partir de 2025 eu passei a fazer isso pela API REST, usando um script bem simples, que se limita a uma chamada ao utilitário curl, como você pode ver na imagem:
Tela do BBEdit mostrando o código-fonte completo do meu script todoist-addtask.sh
O script todoist-addtask.sh precisa ser configurado no ponto indicado em um comentário, usando o seu token pessoal da API do Todoist (pegue o seu em Configurações/​Integrações/​Desenvolvedor, e não o mostre a ninguém!).
Depois de transformando em executável, pode ser executado como no exemplo:
./todoist-addtask.sh "Colocar o café para aerar" "amanhã 21h"
No primeiro parâmetro (descrição da tarefa) você pode até mesmo colocar referências a #projetos, @tags ou prioridades (p1, p2, p3), como faria ao digitar uma descrição de tarefa na interface do app.
Motivação
Incluir tarefas a partir de outros programas ou scripts é bem útil para demandas que surgem da própria execução dos scripts (por exemplo, me avisar pra providenciar porque um disco de backup está perto de lotar), mas também é uma questão de conforto – por exemplo, eu tinha uma tarefa para me lembrar de tomar remédios à noite, mas não queria que ela ficasse o dia inteiro visível na interface "Hoje" do app, então coloquei em uma crontab para enviar diariamente, às 19h, e-mail ao Todoist definindo essa tarefa.
Durante anos eu usei para isso, com muito sucesso a integração que o Todoist tem com o e-mail, que também permite enviar tarefas ao Todoist a partir de scripts diversos, ou diretamente da crontab de algum servidor, sem programar nada – basta fazer o programa enviar um e-mail para o endereço adequado.
Funcionava muito bem para mim, até que no início de 2025 o Todoist resolveu colocar IA na jogada, e minhas definições de tarefas começaram a ser reescritas – não só o texto, mas também os parâmetros de execução, de várias formas que efetivamente me atrapalhavam e impediam a finalidade original. Hoje essa ~opção consta na documentação como algo que precisa ser ativado manualmente, e que pode ser desativado nas configurações avançadas, mas no meu caso a ativação foi automática e sem me perguntar nada, infelizmente.
Me desagradou, mas felizmente agora é desativável, e eu tinha a carta da API REST na manga. Espero que não resolvam atrapalhar isso também!
Esse combo frequentemente é configurado em teclas de atalho (também em teclados comuns, aí via utilitários), e é formado pela simulação do pressionamento simultâneo das teclas Shift, Control e Alt (todas do lado esquerdo do teclado).
Posição das teclas integrantes do Meh em um teclado comum, feito para Windows.
Essa combinação raramente é usada em aplicativos, porque é inconveniente digitar esse combo em teclados comuns feitos pra Windows, e assim é relativamente seguro considerar que ele estará disponível para usar em seus atalhos pessoais.
Na prática, a gente configura uma tecla física pouco usada (tipo sei lá, a Control do lado direito) pra passar a funcionar como tecla Meh, e depois vai lá nos nossos utilitários ou no próprio sistema operacional e define comportamentos globais tipo:
Meh + W ➱ Procura na Wikipédia o trecho selecionado
Meh + C ➱ Seleciona e copia o parágrafo inteiro em que estiver o cursor
Meh + ^ ➱ converte para maiúsculas o texto selecionado
Meh + ⬆ ➱ move o parágrafo do cursor, para que ele fique acima do parágrafo que agora está acima dele
Meh + PrtScr ➱ Minimiza todas as janelas e coloca o Excel em primeiro plano pra quando o chefe aparece
...
...e assim por diante – afinal, são atalhos pessoais, e cada um define os que fazem sentido na sua rotina e podem ser implementados nos utilitários à sua disposição (eu uso o Keyboard Maestro pra isso, mas existe uma infinidade de utilitários do ramo, grátis e pagos, abertos e fechados, para diversas plataformas).
Etimologia
Eu não sei a razão desse nome "Meh", mas imagino que seja porque o combo mais completo, com as 4 modificadoras – as 3 da tecla Meh, mais a tecla Super (ou Windows, ou Command) – se chama Hyper, então o combo de 3 teclas do Meh é mesmo menos impressionante e merece a gíria.
Claro que absolutamente nada disso exige ter um teclado mecânico ou um teclado com firmware configurável - dá pra fazer por utilitários em quase todas as plataformas, também.
⚠️ Alerta de conteúdo técnico de interesse restrito a seguir.
Se o seu teclado é recente e configurável usando VIA ou QMK, você pode referenciar o Meh como qualquer outro combo. O nome próprio desse combo é KC_MEH, e, além dele, em outros contextos onde você poderia escrever LALT(KC_TAB) para se referir ao pressionamento simultâneo de Alt+Tab (no caso, o Alt da esquerda, ou LALT), você pode escrever MEH(KC_TAB) pra se referir ao combo de 3 teclas do Meh (Alt, Control e Shift) + Tab.
Dependendo do contexto, o combo Meh também aparece com outras designações nas configurações do QMK - por exemplo, se você estiver configurando uma tecla com Mod-Tap (MT), uma das modificadoras disponíveis é a MOD_MEH. Também existe um atalho chamado MEH_T(kc).
A documentação do QMK é o lugar certo para entender tudo isso, caso você tenha interesse.
É verdade que os alunos estão buscando o caminho infrutífero de colar tudo da IA, mas também é real que o sistema escolar1 os treinou, anos e anos a fio, a valorizar mais a nota recebida com base em conformidade, do que a perseguir o aprendizado.
O buraco não para de aumentar.
A mesma reflexão vale para o ambiente de trabalho que ensina a valorizar presteza e volume de entregas, e não a qualidade ou grau do produto.
Pior: ao invés de automatizar, o certo seria mesmo extinguir os processos de trabalho que circulam informação cujo valor é tão baixo a ponto de poder ser produzido sem envolver conhecimento humano2, ou cujo produto não precisa ser lido na íntegra e pode ser substituído pela leitura de uma síntese gerada por uma máquina.
De uma forma ou de outra, tudo desemboca negativamente sobre as pessoas que hoje estão nesses cenários. O aluno perde oportunidade e não aprende, o professor fica ainda menos motivado, o trabalhador vira apertador de botão desvalorizado ou acaba sendo descartado.
São buracos AINDA MAIS FUNDOS do que parecem a princípio.
Sublinho que aqui não estou falando de professores individualmente, pois nesse contexto são vítimas junto e muitos fazem valorosamente o possível pra reverter. ↩
Uma visão geral dos aplicativos e técnicas que eu uso para salvar links e arquivar conteúdos da web e de serviços on-line.
Hoje é o último dia de funcionamento previsto para o Pocket, a ferramenta de arquivamento de links que “ajudou milhões de pessoas a salvar artigos e descobrir histórias que valem a pena ler”, nas palavras da mensagem de despedida da Mozilla, que comprou essa ferramenta em 2017, quando ela já tinha 10 anos de sucesso como uma extensão open source para o Firefox.
O anúncio de que o Pocket seria descontinuado veio no final de maio, dando aos usuários pouco mais de um mês para encontrar suas estratégias de transição. Eu tenho várias opiniões sobre essa decisão da Mozilla, mas hoje meu foco é outro: compartilhar como eu faço para salvar links e conteúdos da web.
Antes de prosseguir, um aviso: eu menciono ferramentas no texto a seguir, mas elas são meros acessórios e você pode escolher outras, pois este artigo é sobre o método e a técnica.
Desde a década de 1990 eu já vi saírem do ar muitas ferramentas on-line que eram vitais pro meu uso.
Estou na web desde 1993, e já vi saírem do ar muitas ferramentas on-line que eram vitais pro meu uso (inclusive tenho saudades até hoje do Google Reader). Aprendi algumas lições com isso, e hoje prefiro alternativas que me ofereçam algum grau de garantia de continuidade, por meio de características como:
Desenvolvimento coletivo (open source, se possível)
São preferências, e não regras estritas, e elas trazem alguns custos também, como ter que gerenciar armazenamento e backup, e eventualmente abrir mão de algum recurso ou comodidade adicionais que outras ferramentas oferecem – como, por exemplo, os recursos de descoberta de conteúdo, que o Pocket oferecia.
Outro elemento fundamental do meu modelo de atuação é perceber que as coisas que eu faço estão interligadas, ou seja, os mesmos fundamentos que eu aplico à gestão da minha produtividade podem ser aproveitados no que eu faço por hobby, e vice-versa – no caso, isso se torna relevante porque eu aproveito para o gerenciamento de links e conteúdo on-line princípios (como a separação entre a fase da coleta e a do processamento) que são familiares a quem conhece métodos como o GTD ou o meu querido ZTD.
Começando pelo final: como fica o resultado
Para melhor ilustrar este post, no último final de semana eu lembrei de salvar uma tela de como ficou o Obsidian ao final do processamento:
Print do Obsidian com uma seta destacando 22 artigos na barra lateral.
Aqueles 22 posts em destaque ali na barra lateral são os que eu salvei pra ver depois, na Coleta ao longo da semana passada, e no final de semana sobreviveram à triagem dos que eu queria preservar como referência, ou para usar em alguma coisa depois.
A seguir, explico os detalhes de como cheguei a esse resultado.
Fase 1 - a coleta
A coleta é uma etapa permanente e contínua, ou seja, todos os dias, em todos acessos a todos os dispositivos, eu estou sempre praticando a coleta de links.
No meu caso, a coleta acontece em alguns cenários específicos, como:
Isso aqui pode ser útil, preciso arquivar
Isso aqui parece interessante, preciso ler depois
Me mandaram isso aqui mas não tenho como olhar agora
O importante sobre a fase da coleta é sempre lembrar que ela não tem categorização, nem juízo de valor, e corresponde apenas a ir colocando os links em uma grande caixa de entrada, que vai ser processada só depois, em um momento indefinido. Assim, se algum link exige ação imediata ou em momento definido, ele não deve ser coletado, e sim tratado imediatamente, ou colocado na agenda.
Outro conceito essencial é o da caixa de entrada unificada: isso significa que os links tem que ir pra uma mesma lista, ordenada em ordem cronológica do momento da sua coleta, e acessível a partir de todos os dispositivos e aplicativos que você usa para descobrir conteúdos e links, ou que outra pessoa possa usar para lhe enviar conteúdos on-line.
A caixa de entrada de links é efêmera: os links são descartados após serem processados. Por isso, escolha armazená-la onde for mais cômodo e prático.
No meu modelo específico, a caixa de entrada é completamente descartada após o processamento, então qualquer recurso ou app de armazenamento de links que funcione em todos os seus dispositivos pode servir, desde que esteja acessível sem esforço em todos os apps que você usa, e você confie neles o suficiente para armazenar os seus links por uma semana (ou o tempo necessário para concluir o seu ciclo de processamento).
Isso significa que escolher o app para a caixa de entrada de links é mera questão de acesso e preferência: você pode usar um recurso nativo do seu sistema operacional ou navegador, ou escolher entre uma infinidade de apps e recursos on-line, como Milanote, Instapaper, Raindrop, Omnivore e uma infinidade de web clippers.
Notificação confirmando o armazenamento de uma URL no meu serviço de clipagem para posterior processamento.
No meu caso, eu uso pra isso uma ferramenta desenvolvida por mim mesmo, e que fica disponível em todos os recursos de "Compartilhar" dos apps de celular e do computador. Mas eu optei por isso apenas porque queria exercitar algumas coisas de programação – quase todas as ferramentas que eu listei acima atenderiam plenamente a essa minha necessidade e satisfariam ao mesmo critério de ficar visível no recurso de Compartilhar de todos os apps.
Ao escolher uma ferramenta para a sua etapa de Captura, lembre-se de não ceder à tentação de já tentar consolidar com a fase de processamento – por exemplo, não escolha usar o Send to Notion ou o Clip to Obsidian pensando "aí eu já posso ir categorizando" ou "aí já fica arquivado" – a grandeza de separar Captura e Processamento é poder ter os dois modos mentais: a captura permanente e despreocupada, e o processamento em momentos específicos mas sem hora marcada nem compromisso de processar tudo de uma vez só.
Fase 2 - O processamento
O processamento é completamente distinto da coleta: é um momento de atenção direta e intencional aos links coletados, em que eu trato todos os links coletados mas ainda não processados, começando do mais antigo, e decido o que farei com cada um deles.
Em média eu coleto cerca de 30 links por semana, e os processo todos juntos no sábado – mas às vezes acumula (tudo ou uma parte) para a outra semana, e não tem problema nenhum. O Todoist me ajuda a lembrar de fazer isso no sábado, e também me sugere dar uma olhada nas quartas-feiras pra ver se não tem algum excesso a ser tratado ou adiantado.
Processar cada link é um ato simples, que pode ter de 1 a 5 passos, dependendo do conteúdo e do interesse.
O ato de processar, em si, é simples, e se resume a, começar pelo link mais antigo e, para cada link:
Ver se é algo que eu tenho como tratar imediatamente;
Caso não seja (por exemplo, se for um vídeo longo ou algo que é melhor fazer em outra data) eu preservo esse link na forma de uma anotação na agenda para ser visto em outro momento, e encerro imediatamente o processamento dele.
Ler ou assistir o conteúdo
Decidir se é algo que eu desejo preservar;
Caso não seja (por exemplo, se a leitura nesse momento já cumpriu a finalidade de ele ter sido coletado, ou se eu li e notei que na verdade ele não me interessava), eu encerro imediatamente o processamento dele.
Preservar o conteúdo do link (eu faço isso de formas diferentes para conteúdo da web em geral, vídeos, threads do Mastodon e conteúdos do Instagram);
Encerrar o processamento do link.
Eu repito a rotina acima para cada link que estiver na fila, e no meu contexto a ideia de "encerrar o processamento do link" corresponde a removê-lo da fila que é gerada durante a etapa da coleta – isso pode ser feito de várias formas: apagando, marcando como lido, movendo para uma pasta etc., conforme o modelo usado no aplicativo que você usa para a coleta.
As ferramentas que eu uso
Os links que eu opto por armazenar vão todos para o Obsidian, que atende aos meus requisitos de armazenar tudo no meu próprio disco, de maneira estruturada e em formatos abertos (no caso, o markdown), então estará tudo disponível caso de uma hora para outra a ferramenta deixe de estar disponível.
Eu publiquei uma longa thread sobre o Obsidian, com muitas dicas, e nela eu falo sobre várias das técnicas que eu uso para organizar esse conteúdo todo que armazeno nele.
Configuração do plugin do Obsidian Web Clipper no navegador Safari
Para converter o conteúdo da web e arquivá-lo no Obsidian, eu uso um aplicativo à parte, feito pelo mesmo autor: o Obsidian Web Clipper, que é open source e, apesar do nome, não é exclusivo para o Obsidian, podendo exportar da web para uma série de aplicativos, ou mesmo diretamente para um arquivo no seu disco. Ele tem plugins para vários navegadores, e permite definir um ou mais templates para armazenar os conteúdos do jeito que você preferir.
Para os demais tipos de conteúdo que eu arquivo com frequência, uso os utilitários e serviços a seguir:
fazer download de vídeos do Youtube e vários outros sites: yt-dlp
fazer download de reels, galerias e outros conteúdos do Instagram: instaloader
Claro que não posso oferecer suporte ou garantia sobre eles (converse com os fornecedores!), mas compartilho para quem estiver em busca. Você pode, é claro, substituir pelos que preferir ou funcionem melhor na sua plataforma.
E, em conclusão, repito: o mesmo que eu faço acima poderia ser feito com várias outras ferramentas, e também com outros procedimentos – eu compartilhei como eu faço, e quem sabe poderei ajudar a inspirar mais alguém que esteja em busca de uma solução similar.
Uma coisa que as pessoas da minha geração esquecem, e que as gerações atuais não conseguem visualizar, é que até a metade dos anos 90, quando algum amigão mudava de cidade, ele sumia da sua vida pra sempre, de uma vez só, e imediatamente.
Era raro se mudar sabendo qual seria seu novo telefone (demoraaaava), e escrever cartas pessoais já tinha saído de moda lá pelos anos 50 (embora ainda acontecesse, até).
Isso está entre as coisas que a internet revolucionou – não apenas por permitir manter o contato à distância com certa facilidade, mas também por ter permitido, especialmente por meio das primeiras redes sociais, reconstruir esses contatos perdidos nos anos 1980 e 1990.
Ontem de manhã eu fui fazer as compras da semana e escolhi ir no supermercado da Costeira do Pirajubaé, que fica ligeiramente mais longe, mas oferece a opção de carrinhos inteligentes.
No caminho, percebi que eu vou lá POR CAUSA dessa comodidade.
Foto dos carrinhos inteligentes alinhados na entrada do supermercado da Costeira do Pirajubaé
Os carrinhos inteligentes são bem similares a um carrinho de compras clássico (grandão), mas com um grande diferencial: cada um deles tem seu próprio leitor de código de barras e sua maquininha de cartão de crédito, e assim a gente escaneia os produtos enquanto vai pegando nas prateleiras, e ao final paga tudo sem precisar passar por fila de caixa.
O fluxo é assim:
A cada produto que você pega na prateleira, precisa passar pelo leitor de código de barras do carrinho, que aí libera pra colocá-lo no compartimento de compras (onde tem sensor de peso e movimento, câmera apontada pro seu interior, e provavelmente outras medidas de monitoramento e proteçao contra furto)
Caso seja produto a granel (aqueles que precisa pesar, tipo maçã ou batata), tem sempre por perto alguma balança à disposição pra pesarmos, e elas emitem o código de barras que permitem o procedimento acima.
Ao final da compra, você vai com o carrinho até uma doca de saída, que libera pra encerrar a compra e pagar (na máquina de cartão que está afixada ao próprio carrinho).
Nesse passo 3 há um funcionário sempre por perto, e aparentemente o sistema diz a ele se é necessário inspecionar o conteúdo de cada carrinho - já houve casos em que fui inspecionado, e em vários casos encerrei a compra sem inspeção (nesses casos os sensores e câmera devem ter dito ao sistema que estava tudo bem).
Toda a interação acontece pelo módulo digital de cada carrinho, com tela no estilo tablet, leitor de código de barras integrado, e uma maquininha de cartão afixada.
O módulo de interação, na parte de trás do carrinho.
A tela é sensível ao toque, mas eu só chego a tocar nela no início, pra dizer que não sou membro do “clube de descontos” e dar meu CPF, e ao final, pra escolher se quero pagar por débito ou crédito.
O restante da interação é uma longa repetição de passar códigos de barras pelo leitor e guardar produtos no carrinho – o que já é bom no dia-a-dia, porque eu não sou grande fã de interação pessoal no varejo, e fica muito melhor em dias de filas longas nos caixas tradicionais.