Como o carijó Içá-Mirim virou Essomeric e se tornou avô de um bispo francês

Quando o navegador Paulmier de Gonneville passou pelo litoral de SC em 1504 (4 anos depois da chegada de Cabral à Bahia), fez amizade com o povo Carijó local e, ao partir, levou como convidado o jovem Içá-Mirim, filho do líder local, com a promessa de trazê-lo de volta em 2 anos.

Um naufrágio impediu o retorno prometido, e Içá-Mirim se integrou à França.

Chamado por lá de "Essomeric" – transcrição fonética de Içá-Mirim –, ele acabou casando com Catherine, a filha do navegador, e seu neto foi bispo em Calvados.

Ditados remixados

  • Não deixe para amanhã e lhe direi quem és
  • Nem tudo o que reluz se lava em casa
  • Há males que se recebe
  • O hábito faz o leite derramado
  • Uma andorinha sozinha seus males espanta
  • Onde há fumaça, todos os gatos são pardos
  • para bom entendedor, espeto de pau

Sobre pontes e tartarugas

Desde criança, sempre que eu passo a pé por uma ponte eu não resisto a parar pra olhar pro rio abaixo dela e tentar ver alguma tartaruga nadando.

Por que especificamente uma tartaruga? Não sei, ou não lembro.

Cheguei aos 50 anos e, embora já tenha visto muitas tartarugas nadando em rios, lagos e mares, ainda não vi uma a partir de uma parada em uma ponte.

Não desistirei, entretanto.

Meus truques de memorização

Meu principal truque de memorização é anotar, e recomendo – mas quando não dá, tenho duas estratégias que me atendem bem, e vou compartilhar com vocês.

Se a razão de não poder anotar for porque estou estudando para uma prova (memorização de conteúdo volumoso em período curto), o que funciona bem é revisar o conteúdo ouvindo um disco que eu conheça bem, e deixá-lo tocando na ordem original das faixas.

O poder de associação da nossa mente funciona muito bem e independente de esforço, e assim eu sei que terei bem mais chance, nos dias seguintes, de ir lembrando da sequência de músicas, e das suas estrofes e refrões, e com isso rememorar os detalhes que revisei ao som delas.

No meu caso, funciona melhor com músicas que meu avô chamaria de barulhentas, como Nirvana e Ramones – mas não me arrisco a dizer se isso tem alguma explicação além de gosto pessoal.

E se a razão de não poder anotar for a indisponibilidade momentânea de acesso a material escrevente ou a um gravador, eu coloco em prática um truque que aprendi no livro Christine, do Stephen King (aquele do carro possuído pelo mal, que tem um filme também) - eu projeto aquela lembrança em algum objeto ou local.

Não é nada sobrenatural, claro (embora no livro fosse). Eu simplesmente olho pro objeto ou local e me convenço que quando eu pegar de novo nele, ou passar de novo por ele, eu vou lembrar da tal coisa.

E pra mim funciona muito bem.

Chega da cultura da escassez de espaço em disco

Ficar apagando coisas manualmente para liberar espaço é arriscado, vale a pena procurar outras alternativas.

Muitos hábitos e práticas de gerenciamento de conteúdo digital arraigados na cultura dos usuários foram desenvolvidos na época em que espaço em disco era caro e raro.

Há casos em que essas heranças ainda se justificam, ou que as alternativas permanecem caras demais, mas há tantos outros casos em que colocar um disco (ou SSD, NVME, etc.) a mais, ou contratar alguma solução na nuvem (não esqueça dos backups - eu uso e gosto do Backblaze!) está ao alcance e o usuário não percebe ou não se permite mudar.

Note que mesmo quando tem custo elevado, quando há recursos pode ser perfeitamente justificado planejar e priorizar essa expansão, pelo valor dos dados ou pela falta que fariam se perdidos – mas a pessoa continua presa à rotina de uma escassez hoje já inexistente.

Eu trabalhei por bastante tempo como administrador de rede, e já vi se repetir muitas vezes a história triste da pessoa que perdeu dados valiosos sem querer enquanto tentava "liberar espaço".

Não seja essa pessoa!

Inclusão não é favor

Inclusão não é favor.

Também não é uma concessão de exceção.

Muito menos justifica ou permite o temor de abrir um precedente.

Obrigado por ter vindo ao meu ted talk.

Não precisamos de reply guys

Não precisamos de reply guys.

Eu valorizo todo mundo que não acha que sua experiência e conhecimento habilitam a ser a pessoa cuja participação on-line se resume a ir pitacar no posicionamento alheio.

Dia após dia, reply após reply, ao achar que está complementando o insight, corrigindo um ponto, suprindo uma omissão e melhorando uma piada, ele ou ela não percebem que se aprofunda cada vez mais na cova dos chatos pedantes.

* este post não é uma indireta a ninguém que tenha interagido comigo hoje.

“Esse é um cabeça de estopa”

Tem gente que resmunga explicações pro que está fazendo, outros resmungam opiniões sobre a ação alheia.

Testemunhei o encontro de 2 deles. Um tio foi entrando na padaria e resmungando: "porque essa porcaria desse casco, que eu esqueci, agora vou ter de levar garrafa de plástico, vê se pode, casco tá pela hora da morte".

Eu estava pagando, e o dono da padoca, no caixa, digitava as coisas na maquininha do cartão e ia resmungando mais baixinho: "é um imbecil mesmo, esse é um cabeça de estopa, não esquece a cabeça porque tá grudada, depois a culpa é do comerciante."

E tem gente que observa a neurose alheia e vem fofocar no blog.

Mas é 6 ou é 9?

Aquele meme que fala que as pessoas ficam discutindo a partir dos seus pontos de vista se a figura pintada no chão é um 6 ou 9, mas UM DOS DOIS está errado, porque quem pintou sabia se era um 6 ou um 9, está errado de tantas formas.

Pra começar, quem pintou poderia querer a ambiguidade ou mesmo a indefinição. Pode ser um g. Pode nem mesmo ser um caracter.

Abaixo o reducionismo e as falsas certezas!

O piloto de caça que capturou o avião nazista que o abateu durante a Segunda Guerra

O piloto soviético T. Kuznetsov foi abatido por um caça nazista, em 1942, durante a Segunda Guerra.

Ele estava retornando à base após uma missão de reconhecimento sobre regiões da Rússia então ocupadas pelos nazistas, e foi emboscado por caças alemães. Ao ser alvejado, embora parecesse cair sem controle em uma clareira, ele fez um pouso forçado com seu Ilyushin Il-2, como o da foto.

Um dos pilotos alemães que o derrubaram pousou perto dos destroços da aeronave – cujo modelo é conhecido como "Tanque Voador" ou "Infantaria Aérea" –, para procurar por souvenirs e certificar-se de que o piloto soviético não sobrevivera à queda.

Mas ele se enganou: Kuznetsov não estava preso ao cockpit da aeronave abatida. Assim que o alemão se aproximou dos destroços, o soviético – que havia se escondido na mata próxima para aguardar a ação do inimigo – correu em direção ao seu caça Messerschmidt Me-109 e decolou, voltando para casa e deixando o alemão a pé.

Várias lições pra vida estão embutidas nessa historinha.

Ao final, o piloto soviético – que ainda teve que lidar com a dificuldade de não ter seu avião alemão abatido pelas tropas aliadas em seu caminho – recebeu a mais elevada condecoração das forças armadas de seu país.