Ajude a receber os novos vizinhos no Mastodon

O Mastodon ganha milhares de novas contas por dia, e você também pode ajudar a receber e a guiar esses novos vizinhos.

Não os deixe sozinhos, responda o que puder, e compartilhe estes links introdutórios (o primeiro é de minha autoria):

Minha thread de dicas
Posts da Bolha
Ajuda oficial em português
Tag Mastodon no Manual Do Usuário
Fedi.Tips (inglês)

Conhece outros? Sugira!

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Meu site Calamidade.net

Depois de um desastre, o desafio imediato é, também, logístico: muita gente precisando do essencial, mas como fazer chegar a eles?

O próprio volume (de alimentos não perecíveis, água, roupas (tb cama e banho), higiene e limpeza, colchões, cobertores, …) é gigante.

Há anos mantenho o site CALAMIDADE.NET pra passar minha visão sobre o planejamento e organização para a prevenção de riscos na sua casa e na sua família, agora que as situações de emergência causadas pela natureza e pela ação do homem vem aumentando.

Saber o que esperar, e como estar preparado, envolve estar disposto a tomar a tempo uma série de decisões importantes sobre atitudes preventivas e de planejamento pessoal e familiar, de forma a evitar, mitigar e superar os danos.

(link para o Post no Mastodon)

Score de Nostalgia

Pra mim faltou só o C3 - nunca gravei filme num videocassete.

Em compensação, na minha carteira eu tive tanto ficha telefônica LOCAL quanto DDD!

MARQUE UM PONTO PARA CADA ITEM QUE VOCÊ JÁ FEZ. SE FIZER NOVE OU MAIS, COMPARTILHE DIZENDO QUAIS FALTARAM!

A1 Ouviu música numa fita K7
A2 Acessou internet discada
A3 Recebeu convite para o Gmail
A4 Foi na biblioteca para consultar enciclopédia
B1 Teve Fotolog
B2 Ouviu música num três-em-um
B3 Engasgou com bala Soft
B4 Teve bloco de cheques na carteira
C1 Teve agenda telefônica na carteira
C2 Acessou internet discada A COBRAR (2 pontos)
C3 Gravou filme num videocassete
C4 Teve cartão telefônico na carteira
D1 Comeu Confeti e Mentex
D2 Teve ficha telefônica na carteira
D3 Sabe usar papel carbono (2 pontos)
D4 Usou óleo de cozinha em lata cilíndrica

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Minha thread sobre o AWK

Aproveitei minha migração pro Mastodon pra atualizar e republicar nele a minha thread sobre a linguagem AWK, que conta a origem e história da linguagem, apresenta as diferenças de algumas versões atuais dela, e muito mais.

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FAQ: Como criei minha instância no Mastodon

Criei minha instância própria do Mastodon em fevereiro de 2023, e optei por um caminho pouco trabalhoso, que compartilho com os interessados.

Desde que migrei minha conta pra uma instância pessoal do Mastodon (social.br-linux.org), recebi várias perguntas a respeito, e agora reposto aqui no blog as FAQs que já disponibilizei no perfil:

1. Como você fez pra instalar o servidor em menos de uma hora?
- Eu usei um servidor gerenciado, e optei pelo plano mais básico de servidor gerenciado do provedor especializado masto.host.

2. Eles gerenciam o servidor para você?
- Não é bem isso. Eles cuidam da instalação, upgrade e infraestrutura, mas me entregam a instância pronta e zerada, sendo que a configuração, gerenciamento e tudo o mais que acontece pela interface web do servidor Mastodon cabe a mim.

Ou seja, sou eu que gerencio 100% (os 3 perfis: owner, admin e moderator), pela interface web do Mastodon, mas não toco na shell: instalação e upgrades é 100% com eles.

Ah, o registro do domínio ficou por minha conta também (mas eu poderia ter optado por usar um domínio cedido por eles).

3. É muito difícil configurar e ativar a instância?
Não achei, e o guia do próprio Mastodon me respondeu tudo o que eu precisei saber.

4. Por que você migrou seu perfil para um servidor próprio?
Eu migrei pra um servidor próprio principalmente por ter curiosidade em ver como funciona nos bastidores (e não tenho a mesma curiosidade por saber como prover e manter a infraestrutura necessária necessária).

5. Você estava insatisfeito com as outras instâncias?
Pelo contrário: estamos muito bem servidos de instâncias no Brasil e no exterior, e eu estava bem contente com o serviço da instância que eu havia escolhido inicialmente.

6. Como você fez pra migrar seu perfil Mastodon da instância antiga pra nova instância?
Pela própria interface web do Mastodon, da mesma forma que qualquer usuário pode migrar seu perfil entre instâncias (não precisa de nenhum acesso especial pra isso). O procedimento é bem documentado, mas são basicamente 3 passos: (a) no servidor novo, sinaliza que uma conta antiga vai migrar pra ele; (b) no servidor velho, comanda a migração para a nova instância; (c) aguarda alguns minutos enquanto a transferência é efetuada, aos poucos.

Dois detalhes importantes sobre a migração:

  • A migração só transfere para o perfil novo a lista de usuários que te seguem. Pra levar a lista dos usuários que você segue, comande uma exportação (no servidor antigo) e uma importação (no servidor novo). Os posts não são transferidos, mas permanecem visíveis na instância antiga.
  • Para facilitar a vida de todos, antes de começar a migrar, publique um último post na sua instância antiga, dizendo que está migrando, qual o seu novo endereço, e esclarecendo que quem te segue será transferido automaticamente.

Mastodon: como fazer para ir dar uma olhada sem compromisso

Como alguém que nada de braçada no Twitter pode molhar os pés no Mastodon antes de decidir mergulhar: escrevi uma guia rápido explicando e ilustrando a resposta.

Para facilitar, publiquei o guia na forma de uma thread, que publiquei no próprio Mastodon, que você pode clicar e ver por lá mesmo, mesmo sem ter conta: veja a minha thread no Mastodon sem configurar nada.

Acesse o guia na minha thread.

Se preferir (ou caso queira dar RT pros seus amigos), também fiz uma cópia da minha thread no Twitter.

Aproveitando: desde a publicação da minha thread, na semana passada, eu migrei meu perfil no Mastodon pra um novo endereço, após criar meu próprio servidor. Se você quiser me seguir por lá, agora a @ é @augustocc@social.br-linux.org.

Depois da IA, a criatividade artificial

Via Fabs Balvedi me chegou essa arte sensacional, simbólica, distópica, de um futuro em que a criatividade acabe ficando artificial; é a capa de um álbum chamado "Memories of Tomorrow", do The Night Passenger and the Panda.

ChatGPT aprovado em prova do MBA da prestigiosa Wharton School

Um marco importante para o estágio atual da IA foi identificado na Wharton School, da Universidade da Pennsylvania – uma das mais prestigiosas faculdades de Administração no mundo.

Submetido a um exame da cadeira de Gerenciamento de Operações, o irmão mais velho do Chatgpt pontuou entre um B- e B, nota suficiente para aprovação, segundo a pesquisa conduzida por Christian Terwiesch, conforme descrito no paper "O Chat GPT3 passaria no MBA de Wharton? Uma previsão baseada em seu desempenho no curso de Gerenciamento de Operações".

Não surpreendentemente, o pesquisador acredita que o desempenho do bot no teste tem "implicações importantes para a educação das faculdades de Administração".

Um porta-voz da startup de inteligência artificial OpenAI, que criou o bot, se recusou a comentar.

Transcrevi abaixo o longo artigo da NBC (com tradução automatizada), mas penso que a parte mais importante está no final: o pesquisador acredita que há uma maneira de combinar educação e IA para melhorar o aprendizado dos alunos: "Eu acho que a tecnologia pode envolver os alunos em outras formas que não o bom e velho 'escreva um texto de cinco páginas'", disse ele. "Mas isso cabe a nós, como educadores, reimaginar a educação e encontrar outras maneiras de envolver os alunos".

Por outro lado, a parte que mais demonstra como o mercado de trabalho tende a ser sacudido pela disponibilidade desse tipo de ferramenta está em outra declaração do professor: "A nota alcançada pelo bot mostra sua notável capacidade de automatizar algumas das habilidades dos trabalhadores do conhecimento altamente remunerados em geral e, especificamente, os trabalhadores do conhecimento nos empregos ocupados por graduados em Administração, incluindo analistas, gerentes e consultores".

Uma nova pesquisa conduzida por um professor da Wharton School da Universidade da Pensilvânia descobriu que o chatbot GPT-3, impulsionado por inteligência artificial, conseguiu passar no exame final do programa de Mestrado em Administração de Empresas (MBA) da escola.

O professor Christian Terwiesch, autor do trabalho de pesquisa "Would Chat GPT3 Get a Wharton MBA? Uma previsão baseada em seu desempenho no curso de Gerenciamento de Operações", disse que o bot pontuou entre um B- e B no exame.

A nota alcançada pelo bot, escreveu Terwiesch, mostra sua "notável capacidade de automatizar algumas das habilidades dos trabalhadores do conhecimento altamente remunerados em geral e, especificamente, os trabalhadores do conhecimento nos empregos ocupados por graduados em MBA, incluindo analistas, gerentes e consultores".

“Trabalho incrível em questões básicas de gerenciamento de operações e análise de processos, incluindo aquelas baseadas em estudos de caso”

O bot fez um "trabalho incrível em questões básicas de gerenciamento de operações e análise de processos, incluindo aquelas baseadas em estudos de caso", escreveu Terwiesch no artigo, publicado em 17 de janeiro. Ele também disse que as explicações do bot eram "excelentes".

O bot também é "notavelmente bom em modificar suas respostas em resposta a dicas humanas", concluiu.

As descobertas de Terwiesch surgem quando os educadores se tornam cada vez mais preocupados que os chatbots de IA possam inspirar trapaças. Embora os chatbots não sejam uma tecnologia nova, o ChatGPT explodiu nas mídias sociais no final de 2022. No início deste mês, o Departamento de Educação da cidade de Nova York anunciou uma proibição do ChatGPT dos dispositivos e redes de suas escolas.

Grande parte do debate é centrado em torno do estilo de fala conversacional do ChatGPT e do estilo de resposta coerente e tópico, o que dificulta a distinção das respostas humanas.

Especialistas que trabalham com inteligência artificial e educação reconheceram que bots como o ChatGPT podem ser um prejuízo para a educação no futuro. Mas em entrevistas recentes, alguns educadores e especialistas não estavam preocupados – ainda.

Um porta-voz da startup de inteligência artificial OpenAI, que criou o bot, se recusou a comentar.

O modelo GPT-3 usado no experimento parece ser um irmão mais velho do mais recente bot ChatGPT que se tornou um tópico controverso entre educadores e aqueles que trabalham no campo da IA. O ChatGPT, a versão mais recente, "é ajustado a partir de um modelo da série GPT-3.5", de acordo com o site da OpenAI.

Embora os resultados do Chat GPT3 tenham sido impressionantes, Terwiesch observou que o Chat GPT3 "às vezes comete erros surpreendentes em cálculos relativamente simples no nível da Matemática da 6ª série".

A versão atual do Chat GPT "não é capaz de lidar com questões de análise de processos mais avançadas, mesmo quando são baseadas em modelos bastante padrão", acrescentou Terwiesch. "Isso inclui fluxos de processo com vários produtos e problemas com efeitos estocásticos, como a variabilidade da demanda."

Ainda assim, Terwiesch disse que o desempenho do ChatGPT3 no teste tem "implicações importantes para a educação das escolas de negócios, incluindo a necessidade de políticas de exames, design de currículo com foco na colaboração entre humanos e IA, oportunidades para simular processos de tomada de decisão do mundo real, a necessidade de ensinar a resolução criativa de problemas, maior produtividade do ensino e muito mais".

Depois de publicar seu artigo, Terwiesch disse à NBC News que se tornou mais consciente do debate em torno do bot de bate-papo e da conversa subsequente em torno de se ele deve ser banido.

Ele acredita que há uma maneira de casar educação e IA para melhorar o aprendizado de seus alunos.

"Eu acho que a tecnologia pode envolver os alunos em outras formas que não o bom e velho 'escreva um ensaio de cinco páginas'", disse ele. "Mas isso cabe a nós, como educadores, reimaginar a educação e encontrar outras maneiras de envolver os alunos."

Alfabetização em mídia: Finlândia incluiu o combate a desinformação nos currículos a partir da pré-escola

Recuperar a geração que já está caindo em tudo que é fake news é um desafio enorme, mas a Finlândia encontrou um bom caminho pra evitar que isso se repita com as próximas: estimular o senso crítico.

O papel que a desinformação e as fake news desempenham na realidade das sociedades vem crescendo ao redor do mundo, fato que é ao mesmo tempo causa e efeito da queda da confiança nas instituições e nos meios de comunicação.

Com o desenvolvimento da capacidade automatizada de gerar imagens, áudios e vídeos de situações artificiais, inserindo nelas personagens reais (deep fakes e similares), a tendência é essa situação de desequilíbrio aumentar.

Nos Estados Unidos, uma pesquisa de outubro concluiu que apenas 34% das pessoas confiavam nos meios de comunicação de massa para relatar as notícias de forma completa, precisa e justa, um pouco maior do que o menor número que a organização registrou em 2016.

Na Finlândia a situação é diferente: 76% dos finlandeses consideram os jornais impressos e digitais confiáveis, de acordo com uma pesquisa de agosto. E eles investem para poder continuar assim, e o fazem por meio de uma matéria incluída no currículo escolar em todas as séries, a partir da pré-escola, voltada a desenvolver o senso crítico.

A longa e informativa matéria do NYT apresenta os detalhes, e começa assim:

Uma lição típica que Saara Martikka, professora em Hameenlinna, Finlândia, apresenta a seus alunos da 8ª série é a seguinte: ela entrega vários artigos de notícias e, juntos, eles discutem: qual é o objetivo do artigo? como e quando foi escrito? quais são as posições centrais do autor?

"Só porque é uma coisa boa ou é uma coisa agradável não significa que é verdade ou é válido", disse ela. Em uma aula no mês passado, ela mostrou aos alunos três vídeos do TikTok e eles discutiram as motivações dos criadores e o efeito que os vídeos tiveram sobre eles.

Seu objetivo, como o dos professores em toda a Finlândia, é ajudar os alunos a aprender a identificar informações falsas.

A Finlândia ficou em 1º lugar entre 41 países europeus em resiliência contra a desinformação pela quinta vez consecutiva em uma pesquisa publicada em outubro pelo Open Society Institute. Autoridades dizem que o sucesso da Finlândia não é apenas o resultado de seu forte sistema educacional, que é um dos melhores do mundo, mas também por causa de um esforço conjunto para ensinar os alunos sobre notícias falsas. A alfabetização midiática faz parte do currículo básico nacional a partir da pré-escola.

"Não importa o que o professor esteja ensinando, seja educação física, matemática ou linguagem, você tem que pensar: 'OK, como faço para incluir esses elementos no meu trabalho com crianças e jovens?'", disse Leo Pekkala, diretor do Instituto Nacional do Audiovisual da Finlândia, que supervisiona a educação midiática.

Isso não resolve o problema dos países que já se encontram em situação falimentar, de parte considerável de suas populações, quanto à capacidade de selecionar e interpretar o conteúdo de fontes de informações diversas.

Mas é um exemplo de ação propositiva, e da existência de situações em que não se formou a mesma cultura corrosiva sobre o valor dos fatos e o conceito de verdade.

Olhos nos olhos: Inteligência Artificial vai ajudar você a manter contato visual

Ou ao menos nas transmissões usando o NVIDIA Broadcast, com o novo recurso que faz você parecer estar olhando pra câmera mesmo quando está lendo mensagens no celular.

A atualização do NVIDIA Broadcast trouxe o novo recurso Eye Contact que, como você pode ver nas infinitas demonstrações publicadas nas redes sociais por usuários entusiasmados, funciona mesmo.

A necessidade de um apresentador on-line conferir suas anotações, interagir com o chat que aparece na sua tela, ou de outras formas deixar de olhar para a câmera, é real, e esse recurso – disponível mas ainda em teste – ajudará a prejudicar a quebra de contato visual, do ponto de vista de quem assiste.

Não é algo inédito – a Apple incluiu recurso similar, chamado FaceTime Attention Correction, na versão 14 do iOS –, mas me chama a atenção por ser um uso de IA que não assusta tanto quanto os outros, embora seja mais um passinho na erosão do conceito de realidade, no que diz respeito a imagens transmitidas, e certamente possa ser mal empregado, também.