O que forma um hábito é a prática e a repetição, não a intenção, nem a vontade

Desenho de uma moça em atitude zen, cercada por ícones como: livro aberto, celular, fones de ouvido, xícara, lua e halteres

“O que mata um jardim não é o abandono. O que mata um jardim é esse olhar de quem por ele passa indiferente. E assim é com a vida, você mata os sonhos que finge não ver.” (Mario Quintana)

Nossas crenças são hipóteses a serem testadas, não tesouros a serem protegidos

Foto de Giorgio A. Tsoukalos, famoso por adotar “hipóteses” de origem alienígena para todo tipo de evento ou construção da antiguidade humana

Quando se trata de conhecimento racional (e não de dogmas ou fé), precisamos ficamos atentos à armadilha do apego às nossas crenças, e às ideias que já temos. Quando começamos a defendê-las como advogados defendem clientes, usando todos os truques que podemos para encontrar brechas que nos permitam continuar acreditando, fragilizamos qualquer possibilidade de avanço no entendimento.

Os alemães têm um nome próprio para as tentativas de melhoria que viram piorias

Imagens da famosa tentativa amadora fracassada de restauração da pintura 'Ecce Homo' por Cecilia Gimenez, que a deixou disforme e muito pior do que o estado em que se encontrava.

Enshittification, a piora intencional de produtos e serviços, em detrimento do interesse do consumidor, foi eleita a palavra (em inglês) do ano de 2023 – mas os alemães têm um termo coloquial praquela outra situação, típica de comédias mas que nos acontece todos os dias na vida real: verschlimmbessern, o ato de tentar melhorar uma situação e acabar piorando sem querer.

Aprender alemão é fácil

(desconheço o autor, mas era esse tipo de historinha que circulava na Internet brasileira lá por 1995)

A língua alemã é relativamente fácil. Quem sabe algum idioma clássico e está habituado com as declinações, pode aprendê-la sem grandes dificuldades — ao menos é o que os professores do idioma dizem em suas primeiras aulas.

Em seguida, quando começamos a estudar os der, des, den, dem, die, eles dizem que é moleza: tudo é apenas uma questão de lógica. Realmente é muito simples; podemos ver isso no exemplo que passamos a examinar.

Tomemos um honesto livro alemão: um volume magnífico, encadernado em couro, publicado em Dortmund, que descreve os usos e costumes dos hotentotes (em alemão, hottentotten).

O livro nos conta que os cangurus (Beutelratten) são capturados e colocados em jaulas (Kotter) cobertas de um tecido (Lattengitter), para abrigá-los do mau tempo. Essas jaulas são chamadas, em alemão, "jaulas cobertas de tecido" (Lattengitterkotter); assim que botam um canguru dentro delas, ele é chamado Lattengitterkotterbeutelratten, "o canguru da jaula coberta de tecido".

Um dias os hotentotes capturaram um assassino (Attentater), acusado de ter matado uma mãe (Mutter) hotentote - Hottentottermutter -, que tinha um filho com dificuldades de orientação e de prosódia (stottertrottel). Essa pobre mãe se chama, em alemão, Hottentottenstottertrottelmutter, e seu assassino é chamado de Hottentottenstottertrottelmutterattentater. A polícia prendeu o assassino e o enfiou provisoriamente numa gaiola de canguru (Beutelrattenlattengitterkotter), mas o prisioneiro escapou. As buscas mal tinham começado, quando surgiu um guerreiro hotentote, gritando:

— Capturei o assassino! (Attentater).

— Sim? Qual? — perguntou o chefe.

— O Lattengitterkotterbeutelratterattentater! — respondeu o guerreiro.

— Como assim? O assassino que estava na jaula de cangurus coberta de tecido? — perguntou o chefe dos hotentotes.

— É, sim, é o Hottentottenstottertrottelmutteratentater (o assassino da mãe hotentote de um menino com dificuldades de orientação e de prosódia) — respondeu o nativo.

- Ora , respondeu o chefe, poderias ter me dito desde o início que tinhas capturado o Hottentotterstottertrottelmutterlattengitterkotter beutelrattenattentater.

Como dá para ver, o Alemão é uma língua fácil; basta a gente se interessar um pouquinho...

Eu preciso te contar uma coisa

Descrição da imagem: na mesa externa de um café, com uma vela acesa dando a ambientação romântica, estão uma boneca russa matrishka e um cavalo de troia. Ambos dizem, ao mesmo tempo: Eu preciso te contar uma coisa.

“Não há o que fazer” é a resposta de quem vai sofrer o máximo possível

Não adie nem se esconda. No que diz respeito a situações extremas de clima, de saúde e de segurança pública que são difíceis de definir quando acontecerão, mas estatisticamente fáceis de constatar que se repetirão cada vez mais, você precisa ter um plano - mesmo que seja apenas de comunicações e reagrupamento após a fuga.

E se você tem família, amigos ou é responsável por uma organização, o ideal é que os planos individuais estejam alinhados e considerem a ação coordenada.

Como a política de cotas levou à criação dos Ramones

Páginas da autobiografia do Johnny Ramone com fotos dele e a frase: WHEN AFFIRMATIVE ACTION CAME INTO THE UNION, THEY LAID OFF PEOPLE WITH THE LEAST SENIORITY TO HIRE A CERTAIN PERCENTAGE OF MINORITIES. SO AFTER FIVE YEARS, I LOST MY JOB.

A banda Ramones só surgiu por causa da política de cotas. Em sua autobiografia, o Johnny Ramone conta que trabalhava com construção, mas rodou quando a ação afirmativa chegou, e o pessoal com menos tempo de casa foi desligado pra dar lugar a minorias.

O Tommy já vinha pressionando pra formarem uma banda e ele não queria mas aí, desempregado, cedeu. Comprou uma guitarra de 50 dólares, começaram a se reunir na casa dele pra ensaiar/aprender a tocar, e logo já estavam mandando ver com "I don't wanna walk around with you", e procurando completar a formação inicial da banda.

Ornitorrincos voltando à cidade mais populosa da Austrália

Um ornitorrinco escalando um tronco que flutua sobre a superfície da água

Boa notícia para o team ornitorrincos: o projeto de reintroduzi-los em um parque nacional de Sydney vai de vento em popa, 3 meses após a chegada da primeira população trazida de outros habitats naturais.

Dos 10 ornitorrincos, 9 continuam no mesmo rio em que foram soltos pela equipe de biólogos e veterinários. A 10ª foi explorar áreas próximas, algo que ela já fazia no seu endereço original.

Direto do túnel do tempo, o manual de design da NASA de 1976

Duas páginas do manual, mostrando o grid para publicações impressas, e os modelos para kits de imprensa

A galera do design (e da História da arte e da técnica) vai curtir saber que a NASA disponibiliza o seu manual de design de 1976 (válido até 1992), para livre acesso e download por qualquer interessado.

Uso dos logotipos e marcas, papelaria, tipografia (Helvetica & Futura & Garamond & Times Roman), sinalização, e até a identificação de trajes e veículos (do sedan ao ônibus espacial) são cobertos em detalhes nas 60 páginas do manual.

Por garantia, coloquei no ar um link alternativo, caso a NASA venha a ter dificuldades de hospedagem com o dela.

Eu quero ser como a Lillian Gilbreth

Lillian Gilbreth, que foi uma das primeiras mulheres com PhD em engenharia, cansou das cozinhas que desperdiçavam seu tempo e esforço por terem sido projetadas por homens que não trabalhavam nelas, e saiu aperfeiçoando: inventou as prateleiras na porta da geladeira, a lixeira com pedal, propôs o interruptor de luz embutido na parede, definiu dimensões ideais do triângulo geladeira-pia-fogão, e mais.

Anúncio da década de 1940 de uma cozinha organizada segundo os princípios, posicionamentos e dimensões propostos por Lillian

Em paralelo, a inovadora Lillian atuava nas maiores empresas como pioneira na psicologia aplicada aos campos industriais e organizacionais.