Gerando PDF de documentos com a câmera do iPhone

Anotando aqui pra parar de esquecer: o app Notas do iPhone sabe gerar PDF a partir de fotos de documentos.

Duas imagens do app Notas: uma mostrando o menu da opção Escanear Documentos, e outra com a interface da captura de documentos com a câmera

Em qualquer nota, basta pressionar o botão da câmera e selecionar Escanear Documentos. Se no canto superior da tela aparecer a palavra "Manual" (como na imagem acima), pressione-a para mudar para o modo automático.

A partir daí, é só enquadrar as páginas e elas serão detectadas, capturadas e juntadas ao PDF, até você pressionar Salvar. Coloque as folhas numa superfície com contraste!

Ajude a preservar a história da computação

Se você tem livros antigos de TI, tem duas coisas que você poderia fazer com eles:

1) (especialmente se eles estiverem em português) ver se eles já estão no datassette.org e, se não estiverem, falar com eles sobre como melhor digitalizar.

2) caso não possa mais guardá-los, entregar para uma biblioteca ou alguém interessado em preservá-los, como o @gnemmi@mastodon.sdf.org (veja esta thread).

Lado a lado na minha mesa, 3 livros e um cartão de referência da linguagem Awk, e um livro sobre a história do Unix, todos do século passado

Os livros da foto são parte da minha coleção, que infelizmente eu iniciei tarde demais.

Anatomia de uma Nota no Obsidian

print de janela do Obsidian indicando com setas coloridas o nome e o título da nota em edição

A Nota é o equivalente a um arquivo de texto, ou a uma página na Wikipédia. Seus elementos fundamentais são o Nome – exibido no alto da janela de edição – e o Corpo de Texto, que corresponde às linhas livremente editáveis.

Nomes (setas laranjas na imagem) são importantes no Obsidian, porque é a partir deles que fazemos links para as Notas. Eles não são o mesmo que títulos (seta rosa) - que você também pode definir à vontade.

Os modos de edição no Obsidian

Se você usa os recursos de formatação, considere qual dos dois modos de edição prefere: o Live Preview, que exibe tudo formatado (exceto o trecho próximo ao cursor) enquanto edita, e o Source Mode, que exibe sem formatar.

Eu prefiro o Live Preview, mas quando preciso, alterno entre os modos usando as reticências no canto superior da janela de edição.

Expansão da janela do Obsidian

print de janela do Obsidian com 2 setas numeradas apontando para elementos da sua interface visual descritos no texto do post.

Eu não uso, mas em muitos contextos faz sentido usar as janelas com múltiplas visões que o Obsidian oferece: por exemplo, você pode abrir lado a lado duas Notas relacionadas entre si, ou a edição e a visualização de uma mesma Nota.

Na imagem acima, eu (1) cliquei nas reticências do canto superior da tela de texto, selecionei a opção "Dividir para a direita", depois (2) cliquei em "Abrir visualização em gráfico".

Troca Rápida e Paleta de Comandos do Obsidian

print de janela do Obsidian com 2 setas numeradas apontando para elementos da sua interface visual descritos no texto do post.

Entre as opções da Faixa de Comandos estão duas que eu uso muito, indicadas pelas setas numeradas na imagem: (1) a Troca Rápida, que alterna a aba atual para editar uma Nota recente; e (2) a Paleta de Comandos, que dá acesso direto a tudo que o Obsidian (incluindo os plugins que você tiver) faz, até mesmo o que não é fácil de localizar nos menus.

Ribbon - A faixa de comandos do Obsidian

print de janela do Obsidian com 2 setas numeradas apontando para elementos da sua interface visual mencionados no texto do post.

A faixa de comandos fica na lateral das janelas da versão Desktop, e dá acesso a recursos como a Troca Rápida (facilita alternar entre as Notas recentes!), a inserção de modelos, o acesso à Daily Note de hoje, a exibição da paleta de comandos, e mais.

Ainda veremos nesta série mais detalhes sobre alguns desses recursos, e outros são avançados demais para ela.

A busca do Obsidian

O Obsidian é muito mais do que um bloco de notas: ele cria uma base pessoal de conhecimento. Ao acumular muitas notas (eu tenho literalmente milhares!), a função de busca ganha importância, e é por isso que ela está ali na barra lateral.

A imagem mostra, com setas numeradas: (1) onde ativa a barra lateral; (2) onde mostra a busca; (3) onde abre a ajuda dos riquíssimos operadores de busca, que vão além dos mostrados na tela.

Quem lembra do envelope vai-vem?

Eu ainda tinha que usar nos anos 90, quando a empresa já tinha correio eletrônico, porque ainda não tínhamos solução para digitalizar documentos para anexar, especialmente no caso de documentos assinados.

um envelope vai-vem com fecho de barbante para facilitar o reuso - nada de fitas adesivas! - e 8 blocos de endereçamento. No verso ele tem espaço para mais endereçamentos

Os envelopes vai-vem (que ainda existem!) eram a solução interna em empresas pra mandar documentos pra outro departamento. A gente riscava os quadros sobre entregas anteriores desse mesmo envelope e aí anotava, no primeiro quadro disponível, no campo "De" o nosso nome, no campo "Para" o nome e departamento da outra pessoa, e largava em uma pilha.

O protocolo era em duas camadas, com MDA e MTA. No departamento, uma pessoa era responsável pelo recebimento e entrega. Ela cuidava da pilha e a entregava para outra pessoa, responsável pela transferência, que passava em determinados horários pra recolher a pilha do departamento, e entregar uma outra pilha contendo só envelopes direcionados ao nosso departamento.

Quando chegava essa pilha, a pessoa responsável pelo recebimento e entrega colocava em ordem e saía entregando o envelope a cada um, ou deixando em cima da mesa se o destinatário não estivesse lá na hora.

Quando a empresa funcionava em múltiplos prédios, o agente de transporte ainda podia ter que entregar a mais um nível de protocolo, que acumulava pilhas de envelopes em malotes e fazia a expedição para cada local, também em horários pré-determinados.

A foto mostra um modelo luxuoso de envelope vai-vem, com fecho de barbante (para evitar que a gente usasse fita adesiva que prejudicaria o reuso) e um quadro detalhado para descrição do conteúdo. Na minha experiência, só preenchíamos mesmo o De e o Para, e fechávamos com grampeador.

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Self-hosted não é a resposta certa pra todo mundo

Luzes piscando nos elementos ativos de uma infraestrutura de self-hosting em cima de uma escrivaninha

A pessoa opta pela alternativa self-hosted de um blog, uma newsletter, etc., segue um tutorial de instalação e, quando vai perceber, era um esquema de pirâmide e agora ela tem que administrar um banco de dados, ficar continuamente atenta a incidentes de segurança, sofrer quando a linguagem de programação tem um upgrade que gera incompatibilidades inesperadas, etc.

É ótimo pra quem curte (eu curto, mas com ressalvas, e já curti bem mais, no passado), e também funciona suave pra quem tem muita sorte com a estabilidade e longevidade de algum pacotão pré-pronto.

Aliás, foi por cansar disso que há 11 anos eu programei meu próprio CMS, o Axe (que hospeda este blog, e mais alguns por aí): eu cansei de dependências externas, ele gera e mantém só HTML estático e a sua dependência é ter o PHP acessível a partir da shell (no httpd não precisa).

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