Zettelkasten: Como eu faço a captura para o Obsidian

Na minha implementação do processo preliminar do Zettelkasten, configurei atalhos no celular e no desktop para preservar, com ações simples e que não exigem interação adicional: 1. qual o app que está aberto; 2. em qual documento (URL, path ou título); e 3. qual o texto que está selecionado. E só.

Se é um lembrete do mundo físico, uma foto ou um áudio descrevendo servirão.

Preservando esse mínimo de informações, e sabendo que logo voltarei ao assunto (na hora do processamento), eu tenho tudo que a Captura exige.

Não tente adiantar a categorização ou o detalhamento.

Ao desenvolver a sua rotina, lembre-se que a captura de informações (que ainda não são notas!) precisa ser feita em uma ferramenta que esteja sempre à mão e acessível com poucos passos.

Há quem faça a captura em uma pasta específica no Obsidian (às vezes com ajuda de um plugin ou bookmarklet), mas também pode ser em apps como Pocket, Instapaper, Omnivore, Hoarder, o app de notas nativo do seu celular, etc. – qualquer lugar que você sempre consiga acionar sem demora nem esforço.

Perspectiva histórica e senso comum

O Zettelkasten como conhecemos hoje nasceu (com fichas em papel) na década de 1950, mas se baseia em técnicas conhecidas desde pelo menos o século XVI.

Separar a captura e o processamento também não é novidade: meu avô andava com papel e caneta no bolso rabiscando o dia todo, e na manhã seguinte transcrevia; meu pai fazia o mesmo, levando no bolso um gravador de microfitas que à noite gerava atualizações na agenda.

Este post é parte da série sobre o Obsidian que venho publicando a partir de fevereiro de 2024, e que você pode acessar na íntegra navegando pela tag Obsidian aqui no blog, ou pela thread do Mastodon.