Quem lembra do envelope vai-vem?
Eu ainda tinha que usar nos anos 90, quando a empresa já tinha correio eletrônico, porque ainda não tínhamos solução para digitalizar documentos para anexar, especialmente no caso de documentos assinados.
Os envelopes vai-vem (que ainda existem!) eram a solução interna em empresas pra mandar documentos pra outro departamento. A gente riscava os quadros sobre entregas anteriores desse mesmo envelope e aí anotava, no primeiro quadro disponível, no campo "De" o nosso nome, no campo "Para" o nome e departamento da outra pessoa, e largava em uma pilha.
O protocolo era em duas camadas, com MDA e MTA. No departamento, uma pessoa era responsável pelo recebimento e entrega. Ela cuidava da pilha e a entregava para outra pessoa, responsável pela transferência, que passava em determinados horários pra recolher a pilha do departamento, e entregar uma outra pilha contendo só envelopes direcionados ao nosso departamento.
Quando chegava essa pilha, a pessoa responsável pelo recebimento e entrega colocava em ordem e saía entregando o envelope a cada um, ou deixando em cima da mesa se o destinatário não estivesse lá na hora.
Quando a empresa funcionava em múltiplos prédios, o agente de transporte ainda podia ter que entregar a mais um nível de protocolo, que acumulava pilhas de envelopes em malotes e fazia a expedição para cada local, também em horários pré-determinados.
A foto mostra um modelo luxuoso de envelope vai-vem, com fecho de barbante (para evitar que a gente usasse fita adesiva que prejudicaria o reuso) e um quadro detalhado para descrição do conteúdo. Na minha experiência, só preenchíamos mesmo o De e o Para, e fechávamos com grampeador.