Forçar consenso pra terceirizar a culpa: não trabalhamos

A pessoa em posição de liderança querer forçar um consenso favorável à uma intenção sua, com evidentes falhas e causando danos, é uma manobra covarde para terceirizar o risco, sem ter que abrir mão dos louros.

Se der certo, é porque ele deu a ideia – mas se der errado, a culpa é coletiva, porque todo mundo concordou.

Tenho orgulho como profissional porque, em situações tensas e extremas – décadas atrás, em outra carreira, e com gestor que felizmente já sumiu há muito do mapa, felizmente –, eu tive a capacidade de ser a voz do dissenso, que inviabilizou essa tática e levou a sepultar a ideia torta que queriam impor.

Quem quer errar, ao menos tenha coragem de se expor às consequências.