O protocolo dos tios
Na quitanda vejo mais uma vez a familiar cena: dois homens já avançados em anos se encontram, comentam como faz tempo que não se veem, e um começa a desfiar o rosário de nomes: “E o Nogueira? O Teodoro? O Vicente? O Matoso?”
E o outro vai passando os breves updates de status: “Morreu faz tempo. Morreu recente. Problema com jogo. Nunca mais vi. Mudou pra Belem.”
O protocolo dos tios nunca é P2P, sempre é client-server: enquanto conectados, tem um que só faz as perguntas, e outro tem as respostas.