Tem muita capacidade sobrando nos PCs, e isso custa caro

Não é que esses equipamentos não acrescentem valor e conforto, mas tu já parou pra pensar quanta capacidade de processamento é desperdiçada e fica ociosa, somando várias horas por dia em ponto-morto, em computadores desktop e servidores da nuvem, que são usados em tarefas triviais, que já resolvíamos bem com processadores de 8 ou de 16 bits?

Eu tiro bastante proveito de softwares mais modernos, e hoje não seria nada prático pra mim trabalhar com equipamentos de 8 bits, ou desconectados, ou com sistemas operacionais de décadas passadas. Mas eu já tenho praticado o esforço na direção de não ficar fazendo todos os upgrades de hardware que me oferecem, de fazer tudo durar alguns anos a mais, de adotar novos critérios de escolha (como o menor consumo de energia), etc.

Além da sustentabilidade, sobra um $$ a mais pra investir em outras coisas, inclusive contribuir com a infraestrutura compartilhada que ajuda a suprir algumas das vantagens que o hardware mais novo promete.

A minha sensação é de que o aumento da conscientização sobre o impacto ambiental das cadeias produtivas e logísticas desses computadores que perseguem incansavelmente a Lei de Moore sem precisar vai levar a um momento de exposição e – após as rodadas de negação costumeiras – passaremos a ter curvas de desenvolvimento distintas: a que persegue o desempenho, e a que percebe a sustentabilidade.